Tem problema se a criança sentar em W?

 

Você já deve ter ouvido por ai que criança não pode sentar com as pernas posicionadas em W.

Será mesmo que não pode?

Vem com a gente, saber um pouco mais sobre esse jeito peculiar que nossos pequenos gostam de se sentar, e o que pensam os especialistas!

Quem não se lembra dos nossos pais a dizer repetidamente “senta direito”?

Os pequenos adoram sentar com os joelhos posicionados para frente e os pés para trás, você pode até pedir para sentarem “corretamente”, mas logo eles esquecem e voltam a posição W.

Segundo o ortopedista pediátrico Bruno Massa, dos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, os pequenos têm motivos para gostar tanto dessa maneira de sentar. “Crianças pequenas ainda não têm o equilíbrio completamente formado e essa posição dá uma maior estabilidade”, explica.

As estruturas anatômicas das crianças ainda estão em formação, sendo os seus ossos, músculos e ligamentos mais flexíveis consequentemente mais deformáveis. Se nós tentarmos, dificilmente vamos conseguir sentar em W e, se conseguirmos, será desconfortável.

À medida que as crianças vão crescendo, a postura pode sofrer alterações consideráveis, quando sujeitas a um stress excessivo proveniente de posturas incorretas.

SENTAR EM W: PODE OU NÃO PODE?

O grande problema pra nós, adultos, é que não nos imaginamos sentar daquela forma, em geral na pré-adolescência já não conseguimos mais se sentar assim. É algo natural, mas o risco está no excesso.

Segundo o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é exatamente o excesso que pode trazer problemas. Ele defende que se a criança permanecer por muito tempo nessa posição “ela pode demorar a desenvolver o equilíbrio, limita as rotações do tronco – promovendo um enfraquecimento da musculatura na região -, além de problemas ortopédicos”. Porto outro lado, ele diz que o risco de ficar com as pernas “tortas” é mito. “Se a criança sentar de vez em quando na posição W e não ficar por muito tempo, não tem com o que se preocupar. O problema é o tempo prolongado e o excesso”, finaliza.

Texto baseado na matérias da revista Crescer ( veja aqui matérias na integra )

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